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ToggleO azulzinho é um dos maiores cases de sucesso da indústria farmacêutica e sua história tem início nos anos 90.
Na busca por encontrar um remédio contra hipertensão, o laboratório Pfizer acabou esbarrando em uma mina de ouro, percebendo que o Citrato de Sildenafila (substância base do remédio) tinha efeitos contundentes no tratamento da disfunção erétil.
Hoje o mercado conta com diversas marcas que usam o mesmo componente ou substâncias similares (como a Tadalfila e a Valdenafila, Levitra, comercialmente) para o tratamento de homens com a temida disfunção sexual chamada erroneamente de impotência.
Mas por que essa fórmula não funciona em todos os casos? Entenda aqui!
Como os inibidores de PDE5 e seus similares funcionam?
Esse medicamento causa inibição da enzima fosfodiesterase 5, responsável por impedir a ereção, além do relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos (principal estrutura erétil do pênis) e a dilatação das artérias que levam o sangue até eles, o que aumenta fluxo sanguíneo até o pênis e facilita a ereção.
Entretanto, para a droga fazer efeito, é preciso que aconteça o estímulo sexual e de acordo com a bula, a pílula deve ser tomada até uma hora antes de relação.
Por que ele não funciona em todos os casos de Disfunção Erétil?
Acontece que a ereção peniana é um processo complexo e a Disfunção Erétil envolve diversos fatores e desequilíbrios, tantos físicos como, principalmente, emocionais.
Assim, frente ao problema de dificuldade de ereção, temos uma gama de possibilidades que nem sempre podem ser tratadas com o “azulzinho”.
Dentro das causas físicas da disfunção erétil, podemos citar: problemas circulatórios, problemas neurológicos, distúrbios hormonais e também certos tipos de medicamentos.
Além disso, existem fatores psicológicos que não podem ser resolvidos com o medicamento, como a ansiedade.
Qual o papel da ansiedade na Disfunção Erétil?
A ansiedade, que é um sentimento de apreensão em reação ao medo — real ou não — tem sintomas físicos, psicológicos e cognitivos.
E em um contexto de estresse e perigo, essas reações são naturais e evoluíram com o ser humano desde os seus primórdios, quando a sobrevivência era uma luta constante nas selvas e savanas.
Entretanto, quando tiradas desse contexto, essas reações prejudicam o indivíduo em outras atividades, como na relação sexual.
Quando um homem sente ansiedade diante de seu desempenho sexual, seu corpo age como se ele estivesse em perigo eminente, liberando neurotransmissores e hormônios como a adrenalina e o cortisol.
Essas substâncias agem no sistema nervoso, que fica em estado de hiperatividade, desencadeando reações como suor, arrepios, tremor, palpitação, entre outras alterações, no intuito de preparar o corpo para enfrentar ou fugir do perigo iminente.
Dessa forma, a ansiedade prejudica a capacidade cognitiva do homem durante o ato sexual já que o mecanismo de luta ou fuga está ativado.
Na prática, isso significa que ele não consegue se entregar ao momento, e também tem uma perda considerável da percepção dos aspectos sensoriais do sexo, como toques, cheiros e sons.
Assim, o indivíduo se vê distraído e preocupado, o que impossibilita a excitação e — consequentemente — a ereção de acontecer ou se manter.
Dessa forma, o azulzinho não pode ser visto como um tratamento isolado e sim como parte — apenas quando necessário — de um esforço conjunto para recuperar o paciente.
Os fatores psicológicos, como a ansiedade, medo, insegurança, vigilância do pênis e vontade de fugir da situação, devem sempre ser considerados na hora de tratar uma disfunção sexual.
Portanto, o ideal é contar com um auxílio de um especialista em sexualidade sendo médico ou psicoterapeuta sexual para tratar a disfunção erétil.
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Fontes:
BBC Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese
Portal da Urologia. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br